Transsexual, Samara já enfrenta a transfobia no seu dia-a-dia e não tem medo da repercussão da sua candidatura. “Discursos transfóbicos já ocorrem, mas nada que me abale, pois a repercussão [da pré-candidatura] tem sido muito positiva e a quantidade de pessoas que me apoia supera e muito o grupo das pessoas que se colocam contra”, apontou. Ainda de acordo com Samara, o ingresso no PSOL aconteceu em 2014, mas, um ano antes, ela já flertava com a agremiação. “Ao ver o trabalho brilhante dos deputados do PSOL e o seu plano de governo, através da recente candidatura de Luciana Genro, que finalmente vi que era um partido que valia a pena”, descreveu.
Com uma candidatura “educativa e didática”, Samara quer fazer com que as pessoas vejam a população trans com outros olhos. “Minha candidatura é ao mesmo tempo educativa e didática. Através dela, as pessoas poderão começar a enxergar a população LGBTI+ em especial o segmento 'T' por outra ótica. Há muita gente apoiando, mas era de se esperar reações negativas também. Além das mensagens de apoio, também sou alvo de muita hostilidade, através de comentários transfóbicos e discursos de ódio. E isso só mostra ainda mais a importância política dessa pré-candidatura, pois expõe de forma visceral, o preconceito arraigado em nossa sociedade e corrobora a importância de começarmos a trabalhar exaustivamente para combater todo tipo de preconceito”, indicou.