sábado, 27 de setembro de 2014

Esporte: Sobe e desce do Vitória mostra incompetência

“A cara do riso é a mesma do choro”, uma filosofia popular que se encaixa como uma luva no dia a dia do torcedor do Vitória com a instável e irregular campanha do seu time na disputa do Campeonato Brasileiro.
De 14º para 18º, e seriamente ameaçado de voltar para a lanterna, o 20º e último lugar do Z-4 da Série A na disputa da 25ª rodada com o jogo deste domingo, contra o Atlético Mineiro, no Estádio Independência, em Belo Horizonte.
Ao longo dos últimos meses, e pode-se tomar como referência o início do ano, com decepções na disputa da Copa do Nordeste, Copa do Brasil e Série A do Brasileiro, o torcedor do Vitória tem tido raros dias de alegria, como o de domingo passado, no triunfo de 2 a 1 sobre o Bahia e o 14º lugar na tabela de classificação, e muitos de “choro e ranger de dentes”, como na quinta-feira, com a derrota de 2 a 0 para o Palmeiras, que saiu da lanterna e devolveu o Rubro-negro baiano para o Z-4, o grupo dos quatro últimos colocados, os clubes que caem para a 2ª Divisão do Brasileiro em 2015.
O pior de tudo é que, com o futebol “que não jogou”, o time limitado e atrapalhado que perdeu para o Palmeiras, encara neste domingo um Atlético Mineiro em plena ascensão no Brasileiro, que na última rodada chegou pela primeira vez no G-4, é o 4º colocado da Série A, e tem obrigação de vencer seus jogos em casa para continuar lutando, pelo menos, por uma vaga brasileira para a Taça Libertadores da América de 2015.
Azar do Vitória, que se sofrer a 13ª derrota na 25ª Rodada da Série A, corre o sério e real risco de afundar ainda mais no Z-4 do Brasileiro.
A delegação do Rubro-negro baiano permanece no Sul do País. De São Paulo seguiu direto para Minas Gerais, e continua longe de Salvador, porque de Belo Horizonte viaja para o exterior, para a Colômbia, visando seu jogo de estreia na fase internacional da Copa Sul-Americana.
O time do técnico Ney Franco joga na quarta-feira, pelas oitavas de final o Atlético Nacional da Colômbia, que venceu o General Díaz do Paraguai, na quinta-feira, fora de casa, por 3 a 1, depois de ter perdido o primeiro jogo para os paraguaios, por 2 a 0, assegurando a vaga na próxima fase da competição sul-americana.
Edwin Cardona, o 10 do time colombiano, foi expulso ainda no primeiro tempo e não poderá enfrentar o Vitória no jogo de ida, dia 1º de outubro, em Medellin, na Colômbia.
Uma gangorra
Dos últimos seis jogos no Campeonato Brasileiro, o Vitória venceu três vezes e foi derrotado outras três. Foram três triunfos dentro de casa e três fora, combinação complicada para quem deseja engatar uma reação na competição para se afastar da zona do rebaixamento. O técnico Ney Franco avisa que essa “gangorra” fará parte da realidade do Rubro-negro até o final do campeonato. E para superar essa situação, será preciso "força emocional".
“Vamos ter jogo domingo, quarta, e domingo a partir de agora por causa da Sul-Americana. O grande desafio é recuperar os atletas de um jogo para o outro. Temos de ter força emocional também para isso e a diretoria sabe que é essa a nossa realidade e vai ser assim até o final”.
Na 25ª rodada deste final de semana, uma grande dor de cabeça para o técnico Ney Franco, já que o Vitória não volta para jogar em Salvador, contra um “velho conhecido” do treinador na sua passagem pelo futebol mineiro, onde foi campeão estadual pelo Ipatinga. Mesmo longe de casa, no Estádio Independência, em Belo Horizonte, fora do Barradão, onde o desempenho tem sido satisfatório nos últimos jogos, o treinador precisa encontrar uma maneira de fazer com que seu time conquiste pontos fora de casa.
“Nossa força é o Barradão, mas temos de buscar uns pontos fora de casa”, disse o treinador, que amanhã à tarde, mais uma vez, cumpre a rotina de mudar o time Rubro-negro a cada rodada pela disputa da Série A do Brasileiro, pelos mais diversos problemas de contusões e suspensões.