quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Bispos acusados pelo assassinado de Lucas Terra não irão a júri popular, diz TJ

Lucas foi abusado sexualmente
e queimado vivo
Os ex-bispos da Igreja Universal do Reino de Deus, Fernando aparecido da Silva e Joel Miranda - acusados pelo  ex-pastor Silvio Roberto Galiza de participação no assassinato do menino Lucas Terra-, não irão a júri popular. A decisão foi pronunciada nesta quarta-feira (27) pela juíza Jelzi Ameida e anexada no Sistema de Automação do Judiciário.

Segundo a assessoria do Tribunal de Justiça (TJ), não foram detectado indícios suficientes de autoria ou participação dos dois ex-pastores no crime e as provas acusam apenas o ex-pastor Silvo Roberto Santos Caliza, já preso e condenado a  18 anos em regime fechado por  ter violentado e assassinado o garoto.



O pai de Lucas, Carlos Terra, não concordou com a decisão da justiça. "Os ex-bispos deveriam ser julgados já que foram acusados em ter participação no crime. É um absurdo a decisão da justiça", disse. O processo será  divulgado oficialmente amanhã no diário da justiça.

Relembre o caso O adolescente  Lucas Terra, 14 anos, foi abusado sexualmente e queimado vivo pelo ex-pastor, Silvio Roberto Galiza. O corpo do adolescente foi encontrado carbonizado em um terreno abandonado na avenida Vasco da Gama.  O crime, cometido em março de 2001, chocou membros da igreja  Universal na época.

Carlos Terra aponta como motivo para o crime o fato de seu filho ter flagrado os dois pastores fazendo sexo, como afirmou  no depoimento o ex-pastor Galiza, dado depois da condenação. "Ele falou que meu filho  foi morto porque viu, sem querer, os bispos fazendo sexo dentro da igreja", explica o pai.

Matéria original: Correio 24h