quarta-feira, 16 de abril de 2014

Mostrar patrocínio pessoal na Copa pode causar prisão

A atitude de Neymar no duelo contra o Atlético de Madri, realizado na última quarta-feira (15), pela Liga dos Campeões, quando mostrou a marca da cueca Lupo pelo menos cinco vezes, é crime e passível de prisão na Copa do Mundo, de acordo com o Gustavo Lopes Pires de Souza, 31, mestre em Direito Esportivo.
Segundo o advogado, a atitude de Neymar pode ser considerada um marketing de emboscada fazer com que uma marca que não é patrocinadora oficial seja divulgada no evento.
"Na Copa do Mundo, essa atitude vai ser crime e passível de prisão em flagrante de acordo com a Lei Geral da Copa. Se o Neymar tiver essa atitude no Mundial, ele pode ser suspenso também", disse Gustavo Lopes Pires de Souza à reportagem.
"A Fifa e o COI (Comitê Olímpico Internacional) estão preocupados porque têm grandes contratos publicitários. E o marketing de emboscada desvaloriza o produto e desestimula o patrocinador a investir em grandes eventos. A intenção da Fifa com a Lei Geral da Copa é proteger seus patrocinadores", acrescentou o advogado, afirmando que é impossível impedir 100% o marketing de emboscada em razão da criatividade dos publicitários.
De acordo com o Gustavo Lopes Pires de Souza, as empresas patrocinadoras do evento podem até acionar a organizadora caso exista o marketing de emboscada e não tenha uma punição.
Segundo o advogado no Brasil não existe uma legislação que proíbe o marketing de emboscada nos eventos esportivos.
Neymar é garoto-propaganda da Lupo desde agosto de 2011 
A assessoria de imprensa de Neymar  que as aparições da marca da cueca durante os jogos sejam uma estratégia de marketing.
No caso da Lupo, ainda de acordo com a assessoria, ele ganha de presente várias peças a cada lançamento de nova coleção e por isso estava vestindo uma delas na partida do Barcelona contra o Atlético de Madri.
A Lupo, por meio de sua assessoria de imprensa, confirma ter ficado "contente" com a exposição da marca na cueca do atacante e diz não ter feito qualquer pedido a Neymar ou a seu estafe.