O
mercado de produtos eróticos voltado para evangélicos tem dado o que
falar. Em recente entrevista para o blog “Gente Boa” de O Globo, a
presidente da Associação Brasileira do Mercado Erótico e Sensual, Paula
Aguiar, admitiu que este público consome muito os artefatos.
No último sábado (8), houve um encontro
chamado “Projeto Gospel para Sexshops”, no Rio de janeiro. Ao blog,
Paula explicou que alguns termos são modificados para atrair a
clientela. Mas para serem vendidos, têm de passar pelo crivo do pastor.
Leia o bate papo na íntegra:
Como é feita a venda de produtos eróticos para os evangélicos?
Paula: Nós temos as
consultoras matrimoniais, que são as vendedoras que oferecem os produtos
nas igrejas evangélicas. Mas elas só atendem casais casados. E os
produtos têm que ser aprovados pelo pastor.
Os pastores experimentam os produtos antes de dar o ok?
Paula: Não. Isso não. Eles aprovam de acordo com suas experiências pessoais.
Quais são os produtos que mais fazem sucesso entre o público evangélico?
Paula: Os
lubrificantes e o massageador bolinha. Os primeiros são importantes
principalmente para mulheres de mais idade. Os dois ajudam muito a
reaproximar casais que estavam se distanciando.
E os vibradores?
Paula: Olha, neste
mercado nós temos um certo cuidado com a nomenclatura. Chamamos vibrador
de massageador, por exemplo. Tem mais a ver. Produtos eróticos são
chamados de produtos íntimos. Quanto à procura pelos vibradores, ela
existe, claro. É justamente o que tem forma de bolinha que mais sai.
Vibrador fálico, nem pensar. Por uma questão religiosa, é proibido ter a
imagem da parte do corpo de outro homem. Então os massageadores têm
outros formatos.
Você tem números ou alguma pesquisa sobre o mercado erótico evangélico?
Paula: Não temos números ainda, não quantificamos, mas é um mercado que vem crescendo bastante.
Fonte: Bocão News