sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Homens mais altos do Brasil visitam o Ceará; conheça Ninão e Gigante


GIgantes do Ceará
O repórter João Bandeira Neto, de 1,75m, fica pequeno ao lado dos "gigantes".
Foto: Messias Borges
Ninão e Gigante de Alagoas. Os apelidos não negam seus tamanhos. Os 2 maiores homens do Brasil, com 2,37m e 2,27m, respectivamente, estão em Fortaleza nesta sexta-feira (21) para divulgar a marca de uma empresa de fastfood. Eles conversaram com o Diário do Nordeste sobre a infância difícil, o gigantismo e a popularidade.
Joélisson Fernandes da Silva, o Ninão, 28, e José Cristóvão da Silva, o Gigante de Alagoas, 29, nasceram e cresceram nos interiores nordestinos de Assunção (PB) e Palmeira dos índios (AL). E como cresceram. A estatura acima do padrão na juventude resultou no diagnóstico de gigantismo. Para Joélisson, aos 14 anos, e para Cristóvão, aos 15.
O gigantismo é causado pelo excesso da produção do hormônio do crescimento (GH), alteração ligada ao nascimento de um tumor benigno, durante a infância e a puberdade. Foi o que acometeu ambos.
No início, as pequenas cidades dos grandes homens estranharam suas alturas. Hoje, para Ninão, Assunção está acostumada. Já para o Gigante, Palmeira dos Índios continua se surpreendendo, devido aos muitos turistas que sempre tem por lá. Turismo o qual eles estão incluídos. Suas casas são paradas certas quando se está visitando as cidades paraibana e alagoana.
Tratamento teve que ser feito em outras cidades
Os dois apelaram para a cirurgia e a retirada do tumor na juventude, o que, consequentemente, interrompe o crescimento incomum. Com todas as dificuldades de se tratar, ser operado e se deslocar para grandes centros com hospitais capazes e estruturados para tratá-lo, Ninão só conseguiu se operar aos 21 anos. A intervenção cirúrgica foi bem sucedida e alcançou seu objetivo: não permitir que Joélisson superasse 2,37m.
Para Cristóvão foi mais difícil. A primeira cirurgia foi eficaz a curto prazo. Mas o tumor reapareceu e foram necessárias novas intervenções. O Gigante de Alagoas creditou sua melhora à sua mãe, que se esforçava muito e "corria atrás". Inclusive da imprensa, que mostrou seu caso e as suas dificuldades e facilitou o surgimento de ajudas financeiras no seu tratamento e nas suas viagens.
O tratamento e a atenção, esses, sim, não podem parar. O Gigante viaja uma vez por ano para São Paulo, onde se trata no Hospital das Clínicas. Ninão, por sua vez, precisa se deslocar até uma das principais cidades do seu Estado, Campina Grande, frequentemente. Fora as viagens, o 2º e o 5º maiores homens do mundo necessitam de injeções mensais que chegam a custar R$ 8 mil.
Joélisson concluiu o Ensino Médio e trabalha na área de divulgação de eventos. Cristóvão, devido aos transtornos causados pela doença, também colou grau no Ensino Médio, mas há pouco tempo. O Gigante gosta de animais e sonha cursar Veterinária.