Suspeito de liderar grupo de extermínio é morto pela polícia em Poço Verde -SE
O
ex-presidiário José Augusto Aurelino Batista, de 41 anos, foi morto
nesta terça-feira (14) numa operação da Polícia Civil em Poço Verde,
cidade onde morava. Segundo informações policiais, ele reagiu à
abordagem da polícia e acabou sendo atingido por disparos de arma de
fogo. A mulher dele também foi atingida e foi encaminhada ao Hospital
Regional de Lagarto (HRL). Em entrevista à rádio Mix FM, no programa “A
Hora da Verdade”, de George Magalhães, ao repórter Léo Santos, ela acusa
os policiais de não o querer preso, mas, sim, morto.
A operação da Polícia Civil ocorreu na
casa de Zé Augusto, onde se encontrava ele, a esposa e a filha. No
momento da abordagem ao acusado de liderar um grupo de extermínio em
Poço Verde, a polícia afirma que houve reação à ação policial e disparos
foram desferidos contra ele. Zé Agusto não resistiu e morreu. Seu corpo
se encontra na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Simão Dias.
Simone, esposa de Zé Augusto, declarou
na entrevista à emissora de rádio que teme por sua vida, já que
reconheceu alguns policiais. Ela sofreu um ferimento no dedo.

José Augusto foi preso pela primeira
vez no mês de abril de 2013. Na oportunidade, ele já era apontado como o
líder de um grupo de extermínio que vinha atuando no município
poçoverdense e que tinha cometido pelo menos 13 assassinatos. Todas as
vítimas, segundo o delegado Everton Santos, tinham passagem pela
polícia.
Por pesar acusações de homicídios
contra acusados de roubo e furtos no município de Poço Verde, parte da
população o apoiava e nutria admiração pela pessoa dele. Na cidade, Zé
Augusto mantinha dos moradores uma relação de respeito por conta de sua
suposta maneira de “fazer justiça”.
Diante disso, circulou boatos de que
ele se candidataria a um cargo político nas próximas eleições
municipais. Houve quem dissesse que Zé Augusto poderia entrar na corrida
pela cadeira de prefeito de Poço Verde.
A
última prisão de Zé Augusto aconteceu em junho deste ano, quando
policiais civis cumpriram mandado de prisão preventiva expedido pela
Vara Criminal de Poço Verde. À época, o Secretaria de Segurança Pública
(SSP) o acusou de “influenciar diretamente no andamento dos processos
judiciais, atentando contra a vida de testemunhas e vítimas”.
Em uma das execuções apontadas pela
polícia, Zé Augusto abordou uma viatura do Serviço de Atendimento Móvel
de Urgência (Samu) e, após ordenar que as equipes de saúde se retirassem
do veículo, dominou um homem que estava sendo atendido, após ser
baleado, e o executou em plena rodovia.
Ele foi preso também em 2003 por conta
de um mandado de prisão preventiva por sentença condenatória relativa à
morte de um aluno do Curso de Formação de Soldado da PM de Sergipe,
registrado no mês de janeiro de 2003. Por esse crime ele foi condenado
há 20 anos de reclusão.
À polícia, ele negou as acusações e só assumiu um homicídio, que segundo ele, foi praticado há 22 anos na cidade de Poço Verde.