sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Operação combate esquema de venda de combustível adulterado na região de Feira

Operação combate esquema de venda de combustível adulterado na região de Feira
Uma operação da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Civil em conjunto com o Ministério Público foi deflagrada na manhã de desta sexta-feira (17). Denominada Operação Mutação, a ação policial visa investigar um esquema criminoso de adulteração de combustíveis em larga escala na cidade de Amélia Rodrigues.
De acordo com o Ministério Público, oito mandados de prisão e nove de busca e apreensão devem ser cumpridos nos municípios de Feira de Santana, Amélia Rodrigues e Conceição do Jacuípe, com o objetivo de apreender os combustíveis adulterados e documentos comprobatórios das práticas da organização criminosa.
Dois mandados de prisão já foram cumpridos até o fechamento desta matéria e uma mulher foi encaminhada paraa delegacia para prestar esclarecimentos. Todas pessaoas que estão sendo presas estão sendo encaminhadas para o Complexo de Delegacias, no bairro Sobradinho, em Feira.
A operação envolve um contingente de oito promotores de Justiça do MP, mais de 150 policiais, 44 viaturas, um helicóptero da PRF, um caminhão-guincho e um caminhão-tanque.
Ainda segundo o MP, a ação está sendo realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e aos Crimes contra a Ordem Tributária (Gaesf), Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Promotoria Regional Especializada no Combate à Sonegação Fiscal de Feira de Santana e a Promotoria de Justiça de Amélia Rodrigues, com o apoio do Núcleo de Inteligência Cmnriminal (NIC), do Ministério Público estadual; pela Polícia Rodoviária Federal (PRF); Superintendência de Inteligência (SI), da Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia (SSP); Agência Nacional do Petróleo (ANP) e pela Inspetoria Fazendária de Investigação e Pesquisa (Infip), da Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia (Sefaz).
O esquema
Durante três anos de investigação, apurou-se que parte da carga de cerca de 200 caminhões-tanque que trafegavam por Amélia Rodrigues diariamente era desviada para pontos (conhecidos como “Bodes”) onde ela era subtraída e comercializada a postos revendedores de combustíveis. Lá, homens chamados de “bodeiros” rompiam os lacres dos caminhões, subtraíam as cargas e depois adicionavam solventes para posterior comercialização de combustível adulterado na região de Feira de Santana. Segundo as apurações, o esquema incluía também emissão de notas fiscais falsas com o objetivo de legalizar o produto adulterado, indicando crimes de sonegação fiscal.
As investigações contaram com interceptações telefônicas, pelas quais se constatou a participação de policiais civis e militares na quadrilha. Em troca de propina, eles teriam fornecido proteção ao esquema criminoso.
Fotos: Ed Santos/Acorda Cidade