Uma vez eu li em algum lugar que já não sei mais onde foi, sobre uma coisa chamada “ratoeira do sertão”.
Contava o texto, que os pequenos agricultores do sertão, se viam sempre às voltas com roedores irritantes, que infestavam os paióis de milho e outros grãos, causando grande prejuízo. A ratoeira do sertão consistia em capturar um dos ratos vivo, e prender o animal numa gaiola de passarinho. Uma vez lá, o rato passaria a ser cuidado como se realmente fosse ele um passarinho, recebendo rações de milho gradualmente cada vez menores. O animal começaria a sofrer de uma terrível fome, e é nesse momento em que o roedor estaria às portas do desespero, que o fazendeiro começaria a jogar a ele pedaços cortados de outros ratos. O efeito da estranha dieta era imediato. Inicialmente ele se recusaria a comer, sentindo o cheiro dos companheiros. Urinaria sobre a carne, mas diante da fome a lhe atraiçoar, o rato abandonaria de vez sua moral e comeria o companheiro. Ele então passaria por uma gradual transformação, de comedor de grãos para uma pequena fera carnívora. Dizia o texto, que ao comer carne, algo no rato muda radicalmente e ele se torna forte e bruto. A ração de carne de rato vai então sendo gradualmente reduzida, e finalmente joga-se um rato pequeno e fraco, porém vivo, lá na gaiola.
A gaiola se torna uma arena da morte. O rato, acostumado agora a uma dieta de carne, nunca mais quer ver grão na vida. Ele só quer carne. Ele vê o rato mais fraco e rapidamente come o infeliz. Cria-se assim, um rato canibal. O animal vai sendo alimentado agora com outros ratos vivos, cada vez maiores, e a luta por matar o seu alimento deixará o rato da gaiola cada vez mais forte. Ele se torna um rato maníaco. Ele agora não apenas mata para comer, mas pelo prazer de matar. O sertanejo joga vários ratos ainda vivos na gaiola para vê-los serem assassinados a dentadas um a um. O rato se mostra uma verdadeira máquina de matar. Quando ele está “no ponto”, ele é finalmente solto na casa.
É o fim de sua prisão. Transformado, o rato sai em busca de vítimas. Ele irá matar dezenas de outros ratos, que em pânico, fugirão do local. Quando não houver mais nenhum rato, a “ratoeira do sertão” irá embora atrás das vítimas, pois uma vez tendo comido carne, e matado um semelhante, ele nunca mais mudará de dieta.
Eu não sei se a ratoeira do sertão corresponde religiosamente à expressão da verdade, mas o valor de tal ideia foi algo que me impressionou na juventude e me impressiona até hoje, porque vejo nesta ideia um paralelo com o que podem fazer, as circunstâncias, ao Homem. Não foram poucas às vezes em que o ser humano precisou comer seu semelhante em situações adversas. E é quase irresistível estabelecer o paralelo da ratoeira do sertão com as nossas cadeias, máquinas de deformar as mentes já não muito sadias dos que são encarcerados lá.
Seja como for, imagine só um rato assassino, maníaco. A ideia já é de causar calafrios, mas ela se amplifica se imaginarmos um navio REPLETO de “ratoeiras do sertão”.
Acredite se puder, este navio aqui em baixo é justamente isso. Um navio, totalmente à deriva, e repleto de ratos canibais, que comerão qualquer coisa que verem pela frente.
O navio “fantasma” cheio de ratos canibais está hoje flutuando em algum lugar da costa da Escócia, prestes a encalhar em terra e liberar sua carga faminta, composta de vetores de doenças diversas.
Mas como isso é possível?
Ao que parece, a culpa é do Canadá. As autoridades canadenses deixaram este navio da era soviética solto no Atlântico Norte, após concluírem que “ele não era uma ameaça para o Canadá”.
Parece estúpido, eu sei.
E é!
Imagina o risco para outras embarcações – e elas são em numero cada vez maior – a cruzar o Atlântico e colidir com um outro navio fantasma que vaga ao sabor das correntes?
Se fosse só o entulho navegante já era ruim. Mas a carga que ele leva é realmente perigosa. Os milhares de ratos à bordo do navio de cruzeiro abandonado estão certamente comendo uns aos outros. Já tem quase um ano desde que o navio foi intencionalmente largado à própria sorte no mar pelas autoridades canadenses que estavam felizes em deixar o “risco biológico ” tornar-se um problema de um outro país.
Eu também me pergunto porque diabos eles simplesmente não afundaram esta merda. Certamente é porque o navio deve ter donos, e se o Canadá afunda ele, os caras certamente iriam processar e pedir indenização. Cabe a eles achar e pegar de volta o navio. O problema é esse: Achar.
O fato é que o presente de grego do Canadá ao mundo hoje, segundo alguns periódicos de confiabilidade duvidosa, está prestes a bater em terra na Irlanda ou talvez no Reino Unido, despejando lá sua carga viva na forma de uma praga de ratos canibais.
Chega a ser impossível não imaginar como algo assim poderia dar um belo roteiro de filme B… Tudo começa com uma bucólica cidadezinha costeira, onde todos são felizes vivendo suas vidas pacatas, até que uma tempestade joga um navio repleto de ratos assassinos na costa. O resto é o “salve-se quem puder” dos filmes B, onde no clímax, teríamos uma gostosa sobrevivente e seu namorado fugindo para as montanhas enquanto a massa disforme de ratos canibais os persegue ferozmente. Herói, o galã iria se sacrificar para poder colocar sua amada em um pequeno bote, e seria comido vivo por milhões de ratos famintos enquanto acenava desesperado para ela, que se debulharia em lágrimas num pequeno bote lançado ao mar…
Ops, perdão pelo delírio… Continuando:
O navio à deriva tem o nome em homenagem a uma atriz de cinema que foi bastante popular na URSS de Stalin, o Lyubov Orlova foi construído pelos soviéticos em 1976 para dar às elites russas passeios de cruzeiros e lazer para a região da Antártida e o Círculo Ártico. A embarcação acabou sendo apreendida em 2010, por fiscais canadenses que atuam como cobradores de dívidas contra os proprietários da nau, atualmente empresas privadas. Durante o tempo que tramitou o imbróglio, o navio permaneceu ancorado em São João, a capital da província de Newfoundland. Em 2012 ele foi finalmente vendido para a sucata. Mas então, acabou que algo deu errado e o navio foi (acredite se puder) perdido no mar! Fonte Mundo Gump
Contava o texto, que os pequenos agricultores do sertão, se viam sempre às voltas com roedores irritantes, que infestavam os paióis de milho e outros grãos, causando grande prejuízo. A ratoeira do sertão consistia em capturar um dos ratos vivo, e prender o animal numa gaiola de passarinho. Uma vez lá, o rato passaria a ser cuidado como se realmente fosse ele um passarinho, recebendo rações de milho gradualmente cada vez menores. O animal começaria a sofrer de uma terrível fome, e é nesse momento em que o roedor estaria às portas do desespero, que o fazendeiro começaria a jogar a ele pedaços cortados de outros ratos. O efeito da estranha dieta era imediato. Inicialmente ele se recusaria a comer, sentindo o cheiro dos companheiros. Urinaria sobre a carne, mas diante da fome a lhe atraiçoar, o rato abandonaria de vez sua moral e comeria o companheiro. Ele então passaria por uma gradual transformação, de comedor de grãos para uma pequena fera carnívora. Dizia o texto, que ao comer carne, algo no rato muda radicalmente e ele se torna forte e bruto. A ração de carne de rato vai então sendo gradualmente reduzida, e finalmente joga-se um rato pequeno e fraco, porém vivo, lá na gaiola.
A gaiola se torna uma arena da morte. O rato, acostumado agora a uma dieta de carne, nunca mais quer ver grão na vida. Ele só quer carne. Ele vê o rato mais fraco e rapidamente come o infeliz. Cria-se assim, um rato canibal. O animal vai sendo alimentado agora com outros ratos vivos, cada vez maiores, e a luta por matar o seu alimento deixará o rato da gaiola cada vez mais forte. Ele se torna um rato maníaco. Ele agora não apenas mata para comer, mas pelo prazer de matar. O sertanejo joga vários ratos ainda vivos na gaiola para vê-los serem assassinados a dentadas um a um. O rato se mostra uma verdadeira máquina de matar. Quando ele está “no ponto”, ele é finalmente solto na casa.
É o fim de sua prisão. Transformado, o rato sai em busca de vítimas. Ele irá matar dezenas de outros ratos, que em pânico, fugirão do local. Quando não houver mais nenhum rato, a “ratoeira do sertão” irá embora atrás das vítimas, pois uma vez tendo comido carne, e matado um semelhante, ele nunca mais mudará de dieta.
Eu não sei se a ratoeira do sertão corresponde religiosamente à expressão da verdade, mas o valor de tal ideia foi algo que me impressionou na juventude e me impressiona até hoje, porque vejo nesta ideia um paralelo com o que podem fazer, as circunstâncias, ao Homem. Não foram poucas às vezes em que o ser humano precisou comer seu semelhante em situações adversas. E é quase irresistível estabelecer o paralelo da ratoeira do sertão com as nossas cadeias, máquinas de deformar as mentes já não muito sadias dos que são encarcerados lá.
Seja como for, imagine só um rato assassino, maníaco. A ideia já é de causar calafrios, mas ela se amplifica se imaginarmos um navio REPLETO de “ratoeiras do sertão”.
Acredite se puder, este navio aqui em baixo é justamente isso. Um navio, totalmente à deriva, e repleto de ratos canibais, que comerão qualquer coisa que verem pela frente.
Mas como isso é possível?
Ao que parece, a culpa é do Canadá. As autoridades canadenses deixaram este navio da era soviética solto no Atlântico Norte, após concluírem que “ele não era uma ameaça para o Canadá”.
Parece estúpido, eu sei.
E é!
Imagina o risco para outras embarcações – e elas são em numero cada vez maior – a cruzar o Atlântico e colidir com um outro navio fantasma que vaga ao sabor das correntes?
Se fosse só o entulho navegante já era ruim. Mas a carga que ele leva é realmente perigosa. Os milhares de ratos à bordo do navio de cruzeiro abandonado estão certamente comendo uns aos outros. Já tem quase um ano desde que o navio foi intencionalmente largado à própria sorte no mar pelas autoridades canadenses que estavam felizes em deixar o “risco biológico ” tornar-se um problema de um outro país.
Eu também me pergunto porque diabos eles simplesmente não afundaram esta merda. Certamente é porque o navio deve ter donos, e se o Canadá afunda ele, os caras certamente iriam processar e pedir indenização. Cabe a eles achar e pegar de volta o navio. O problema é esse: Achar.
O fato é que o presente de grego do Canadá ao mundo hoje, segundo alguns periódicos de confiabilidade duvidosa, está prestes a bater em terra na Irlanda ou talvez no Reino Unido, despejando lá sua carga viva na forma de uma praga de ratos canibais.
Chega a ser impossível não imaginar como algo assim poderia dar um belo roteiro de filme B… Tudo começa com uma bucólica cidadezinha costeira, onde todos são felizes vivendo suas vidas pacatas, até que uma tempestade joga um navio repleto de ratos assassinos na costa. O resto é o “salve-se quem puder” dos filmes B, onde no clímax, teríamos uma gostosa sobrevivente e seu namorado fugindo para as montanhas enquanto a massa disforme de ratos canibais os persegue ferozmente. Herói, o galã iria se sacrificar para poder colocar sua amada em um pequeno bote, e seria comido vivo por milhões de ratos famintos enquanto acenava desesperado para ela, que se debulharia em lágrimas num pequeno bote lançado ao mar…
Ops, perdão pelo delírio… Continuando:
O navio à deriva tem o nome em homenagem a uma atriz de cinema que foi bastante popular na URSS de Stalin, o Lyubov Orlova foi construído pelos soviéticos em 1976 para dar às elites russas passeios de cruzeiros e lazer para a região da Antártida e o Círculo Ártico. A embarcação acabou sendo apreendida em 2010, por fiscais canadenses que atuam como cobradores de dívidas contra os proprietários da nau, atualmente empresas privadas. Durante o tempo que tramitou o imbróglio, o navio permaneceu ancorado em São João, a capital da província de Newfoundland. Em 2012 ele foi finalmente vendido para a sucata. Mas então, acabou que algo deu errado e o navio foi (acredite se puder) perdido no mar! Fonte Mundo Gump