O julgamento dos acusados de envolvimento no Massacre do Carandiru será
retomando nessa segunda-feira (15), no Fórum da Barra Funda, em São
Paulo. O julgamento foi iniciado na semana passada, mas foi adiado após
uma jurada passar mal. Um novo júri popular, composto por sete pessoas,
será sorteado. O Massacre do Carandiru, que ocorreu no dia 2 de outubro
de 1992, foi considerado o maior do sistema penitenciário brasileiro,
por matar 111 detentos e deixar 87 pessoas feridas, durante uma invasão
policial para reprimir uma rebelião no Pavilhão 9 do presídio. O
julgamento será realizado em duas partes por envolver 79 réus, todos
policiais. A primeira fase deve durar até duas semanas, e julgará os 26
policiais que respondem a 15 acusações de homicídio qualificado. Seis
testemunhas serão apresentadas pela promotoria nessa fase do julgamento.
Entre eles, quatro ex-presidiários, um agente penitenciário e um perito
criminal. A defesa deve levar o então governador de São Paulo Luiz
Antônio Fleury Filho como uma de suas testemunhas, além do secretário de
Segurança Pública à época, Pedro Franco de Campos, e três
desembargadores que eram juízes criminais quando ocorreu o massacre.