Sem
medir palavras para evitar polêmicas, o deputado estadual Pastor
Sargento Isidório (PSB) tem criado animosidades até dentro do próprio
partido que faz parte por conta das suas posições. Responsável pela
Fundação Doutor Jesus, centro de reabilitação para dependentes químicos
localizado em Candeias, na Região Metropolitana de Salvador, o
parlamentar se diz "ex-homossexual, ex-drogado e ex-bandido". Ele também
afirma ter "quase certeza" de ter sido infectado pelo vírus HIV – embora não haja diagnóstico que comprove a assertiva –
e curado"pela fé". Diante dos protestos que envolvem a permanência do
deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) à frente da Comissão de
Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal, Isidório subiu ao altar e
defendeu o colega. Em entrevista ao Bahia Notícias, ele ratifica as
posições de Feliciano e defende inclusive a afirmação do parlamentar de
que "africanos são descendentes amaldiçoados de Noé". "A viadagem da
África, quando viu dois cabras bons, bonitos, musculosos, saiu atrás.
(...) [Por isso], o Pastor Marco Feliciano falava que por causa do
pecado lá naquela região onde a pele é mais negra aconteceu a maldição",
interpretou. Ele diz que ficou insatisfeito com nota de repúdio lançada
pelo PSB, credita o comunicado "aos viados e viadas lá dentro" e
discorda das posições da presidente estadual da legenda, a senadora
Lídice da Mata. "Ela é de Oxum e eu sou de Jesus. Eu também já fui de
Oxum quando era homossexual", comparou. Ao salientar não temer ser
expulso da sigla, afirmou que "se essas desgraças [partidos] prestassem,
eram inteiros". Apesar de suas convicções, o religioso ainda titubeia
quando volta seus olhos para o mundo terreno. "O pastor é humano. Claro
que eu tenho medo de recaída. Eu não posso ficar junto de um homem muito
tempo porque a carne é fraca", estremeceu. Confira a entrevista da semana na íntegra!