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Deivid da Silva Rocha, 21 anos, residente na 2ª Travessa Santo Antônio, no Bairro da Boca do Rio, em Salvador, foi morto na noite de domingo (11), com vários tiros de pistola nove milímetros, após invadir a casa de nº 49, na Rua José Eugênio de Lima, Quadra P, conjunto habitacional Cidade Jardim, município de Conceição do Coité. Os tiros, segundo a polícia, foram deflagrados pelo dono da residência, o mecânico Edno Silva Ramos, 20 anos, que também foi ferido com três disparos.
O caso aconteceu por volta das 22h, de acordo com registro da Polícia Militar que foi chamada ao local pelos moradores sob suspeita de está ocorrendo uma troca de tiros e ao chegar encontrou Deivid morto no banheiro da residência e Edno sentado na cama do casal sagrando bastante por ser atingido por três disparos. Encaminhado ao Pronto Socorro do Hospital Regional, onde recebeu os primeiros atendimentos, foi transferido para o Hospital Geral do Estado, em Salvador.
Segundo Marilene da Silva Santos, 20 anos, esposa de Edno, estavam deitados e ouviram alguém chamar, Edno levantou para vê quem era e ao chegar à sala observou que alguém empurrava a porta e apontava uma arma preta, que não soube dizer o tipo por não conhecer. “Meu marido tinha perdido a chave da casa e a porta estava travada apenas com um raque, daí que um deles conseguiu colocar a mão”, contou desesperadamente a dona de casa.
Ao falar com exclusividade para o CN, Marilene narrou que o marido ao perceber a arma, foi para cima do homem, que ela disse não conhecer, e começou uma luta corporal e ao mesmo tempo os tiros iam sendo disparados por toda área da casa, conforme observou a polícia os vestígios deixados através das marcas nas paredes e 15 cápsulas deflagradas encontradas na sala, além de dois projéteis. Ela garantiu que foram dois homens que invadiram sua casa e estavam armados. “Meu marido não tem arma. Ele conseguiu imobilizar o que morreu no banheiro e o atingiu em legitima defesa, enquanto o outro mandou que ficasse atrás do guarda roupa e desesperadamente tentava sair de dentro de casa pela porta do fundo, depois pela janela do quarto, mas como estava tudo fechado, foi obrigada a sair pela porta da frente e fugir pela rua principal”, contou.
Ela não soube explicar os motivos da invasão da casa e garante que eles não disseram nada e já entraram atirando. Uma das hipóteses levantada foi um possível assalto cujo objetivo era levar uma moto CBX 250, p/p 6589, Conceição do Coité, pertencente à Edno Silva, que estava estacionada na sala. Ao chegar ao local do crime, a polícia encontrou a residência totalmente revirada, e acha que houve luta corporal.
Sobre as armas do crime, Marilene disse que um homem teria levado e ao perceber que o mesmo havia fugido, saiu gritando pela rua pedindo socorro. “Os vizinhos me ajudaram a prestar socorro, chamaram a polícia e ele foi levado para o hospital na viatura, enquanto busquei abrigo na casa de uma prima”, concluiu a esposa de Edno chorando desesperadamente e repetindo a todo instante que nem ela e nem o marido conheciam nenhum dos dois homens que invadiram sua residência.
A polícia já sabe que Deivid da Silva ainda menor já se envolvia com droga e um homem que chegou ao local dizendo ser primo, contou que o mesmo morava em Salvador e começou frequentar Conceição do Coité há quatro anos, depois que começou ser perseguido na capital por uso de drogas. Por telefone, o pai de Deivid, falou com exclusividade ao CN que o filho havia saído do ponto de Brasil Gás, em Salvador ás 06h de domingo, com o objetivo de visitar os dois filhos menores que vivem com uma mulher que mora no Conjunto Cidade Jardim.
Segundo informações Deivid estava desempregado, mas costumava trabalhar como ajudante de pedreiro, cabelereiro e fazia tatuagem, inclusive tinha diversas no corpo. Era o único filho homem de uma família de três pessoas. O corpo foi encaminhado na noite de domingo ao DPT de Feira de Santana.
A polícia efetuou diligências na região, mas não conseguiu identificar o homem que fugiu e uma mulher, que permaneceu sentada todo tempo em frente da casa onde aconteceu o crime, dizendo apenas que era esposa de Deivid Silva, não conseguiu prestar maiores informações que contribuísse com as investigações. Ela chorava bastante e dizia apenas que queria vê o corpo do marido e confirmava a informação do pai que o mesmo havia chegado na manhã de domingo a cidade procedente de Salvador, onde morava.