Da RedaçãoAtualizada às
20h33
ACM Neto (DEM) foi eleito neste domingo (28) o
novo prefeito de Salvador, derrotando o candidato do PT Nelson Pelegrino no
segundo turno. Neto assume a prefeitura em janeiro, substituindo João Henrique
Carneiro (PP). A vice-prefeita de sua chapa é Célia Sacramento, do PV.
Depois de um primeiro turno disputadissímo, a
briga este domingo foi novamente acirrada. Com todas as urnas apuradas, Neto
teve 53,51% dos votos e Pelegrino 46,49%. A abstenção foi de 21,53%, votos
brancos foram de 2,48% e nulos chegaram a 6,66%;
Neto comemorou o resultado em sua página no
Facebook. "Não duvidei um só minuto da força do nosso povo. Hoje, começamos a
escrever uma nova história e Salvador vai reconquistar seu brilho e orgulho.
Obrigado pela confiança! Vamos juntos defender Salvador!", postou.
O resultado confirma pesquisa Ibope divulgada na
véspera da eleição, que trazia Neto com 55% dos votos válidos frente a 45% de
Pelegrino, com margem de erro de 3 pontos para mais ou para menos.
No primeiro turno, contrariando as pesquisas,
Neto acabou em primeiro lugar, com 40,17% dos votos válidos - Pelegrino teve
39,17%. A diferença foi de apenas 5.626 votos. Eles deixaram para trás Mário
Kertész (PMDB), Márcio Marinho (PRB), Hamilton Assis (PSOL) e Rogério Da Luz
(PRTB). Três dos candidatos derrotados - Kertész, Marinho e Da Luz, anunciaram
apoio a Pelegrino. Hamilton Assis declarou neutralidade. Neto contou com apoio
do PMDB baiano.
A votação de Neto foi mais expressiva na 13ª
zona eleitoral, que abarca Pituba, Itaigara, Jardim Armação, Stiep e Costa Azul,
entre outros. Lá, ele venceu por 70,78% a 29,22%. Sua maior derrota foi na 4ª
zona eleitoral, que tem Coutos, Periperi, Fazenda Coutos e Paripe, onde teve
38,17% dos votos contra 61,83% de Pelegrino.
O candidato democrata acompanhou a votação em
sua casa, com a presença de familiares e correligionários. Ele irá comemorar a
sua vitória nos comitês da Vasco da Gama e no Subúrbio.
Perfil
Aos 33 anos, ACM Neto disputou a prefeitura de Salvador pela segunda vez - em 2008, perdeu ainda no primeiro turno. Ele está no terceiro mandato na Câmara dos Deputados e é líder do DEM na Casa. Formado em Direito pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), ele também já foi vice-presidente e corregedor da Câmara.
Aos 33 anos, ACM Neto disputou a prefeitura de Salvador pela segunda vez - em 2008, perdeu ainda no primeiro turno. Ele está no terceiro mandato na Câmara dos Deputados e é líder do DEM na Casa. Formado em Direito pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), ele também já foi vice-presidente e corregedor da Câmara.
Seu envolvimento com a política vem desde cedo e
de família - é neto de Antônio Carlos Magalhães, falecido em 2007, e sobrinho de
Luís Eduardo Magalhães, morto em 1998.
Propostas
Entre as principais propostas de ACM Neto durante a campanha estão o bilhete único integrado, que permite que o passageiro use por três horas trem, ônibus e metrô com uma só passagem, e a meia passagem nos ônibus aos domingos, para transporte. Ele também propôs a criação de "prefeituras-bairros", que propõe descentralizar a gestão do município.
Entre as principais propostas de ACM Neto durante a campanha estão o bilhete único integrado, que permite que o passageiro use por três horas trem, ônibus e metrô com uma só passagem, e a meia passagem nos ônibus aos domingos, para transporte. Ele também propôs a criação de "prefeituras-bairros", que propõe descentralizar a gestão do município.
Para a educação, Neto prometeu expandir o
serviço de creches e contruir centros de educação integral. Na área de
ressocialização e de combate às drogas, o candidato se propôs a implantar dez
Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e o projeto "Resgate", para crianças e
jovens em situação de risco.
Na segurança, ele quer fazer concurso para 2 mil
novos guardas municipais e aumentar o número de câmeras de videomonitoramento
nas áreas mais perigosas. Na saúde, a principal promessa é um hospital municipal
em Pau da Lima.
Oitavo maior Produto Interno Bruto (PIB) entre
as capitais do país, com riquezas estimadas em R$ 32,8 bilhões pelo Instituo
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2009, a capital baiana tem
economia baseada no serviço e na indústria, segundo informações da Agência Brasil.